PALÁCIO DA PENA
Conhecida a Quinta da Regaleira, iniciamos a descoberta do Palácio da Pena, suas lendas e Histórias, dada a sua dimensão optámos por descobrir cada canto do Palácio da Pena de forma faseada, hoje vamos descobrir um pouco mais do Palácio da Pena, dia dedicado ao interior do palácio 😊
Chegados
ao Pórtico do Tritão, uma criação ilustrativa do Mundo com a figura mitológica
de um meio homem, meio peixe, passamos o túnel do Tritão e entramos no terraço
Pátio dos Arcos, aqui apreciamos a paisagem, ao longe avista-se o Castelo dos
Mouros e a janela neomanuelina copiada do Convento de Cristo em Tomar.
Entramos
no interior do Palácio, para além da belíssima escadaria com a escultura de D.
Fernando logo à entrada, percorremos os corredores do claustro, onde encontramos bem
patentes alguns elementos pertencentes ao antigo Mosteiro.
O claustro
é composto por dois andares sendo as paredes e o chão revestidos por azulejos mudéjares
(arte mudéjar estilo artístico desenvolvido entre os séculos XII e XVI nos
reinos cristãos da Península Ibérica, incorpora influências, elementos ou
materiais de estilo ibero-muçulmano.)
A
partir deste claustro inicia-se a descoberta ao interior do Palácio. Os
salões reais e aposentos são de um romantismo ímpar, móveis de uma elegância
que nos leva a recuar nos tempos da monarquia, todos os pormenores muito bem
alinhados, tanto as porcelanas delicadas como os tecidos de grande qualidade.
O
interior do Palácio da Pena tem um corredor pré-definido, possibilitando que
nada fique esquecido. Começamos por contemplar a sala de jantar, teto, móveis, tecidos e porcelanas de uma elegância e exuberância fabulosa.
A seguir temos o quarto do Camarista do Rei D. Carlos.
O quarto de D. Fernando, após a sua morte foi ocupado pela rainha D. Amélia.
A Sala de Chá no tempo do rei D. Fernando é transformada em Sala do Telefone por D. Carlos I.
A Sala Verde
A Sala do Chá
Gabinete Árabe mobilado de forma bastante invulgar, lindos tetos e requintados detalhes nas paredes.
O
Salão Nobre, de uma beleza de cortar a respiração. O teto e as paredes em
estuque branco, móveis predominantes em nogueira, todo o salão apresenta influências
dos estilos gótico, renascentista e flamengo, contudo a maior parte da
decoração remete-nos para a cultura oriental. Os móveis, o trabalhado das paredes, os candeeiros, os vitrais, foi um dos salões que me perdi por pensamentos monarcas, uma época que que fascina particularmente.
Na Sala dos Veados, podemos ver em torno de todo o teto e paredes a presença de cabeças de veados. Neste sala temos a magnífica coleção de D. Fernando II.
Passamos ao Gabinete
da Rainha D. Amélia, esta sala começou por ser a sala da condessa d’Edla sendo
mais tarde transformado no gabinete de trabalho de D. Amélia. Destaco entre
outros objetos as estantes de pau-santo e o estirador da rainha.
Chegamos ao Terraço da Rainha, e foi uma delícia apreciar as paisagens deslumbrantes da Serra de Sintra.
Neste Terraço podemos admirar o Relógio de sol que ativa, todos os dias ao meio-dia, o canhão no terraço da Rainha.
Neste Terraço podemos admirar o Relógio de sol que ativa, todos os dias ao meio-dia, o canhão no terraço da Rainha.
Todos
os detalhes do interior do palácio, são uma delícia e observar todos os
pormenores fazem-nos perder a noção do tempo. O simples teto de cada um dos
aposentos é de uma beleza que não se explica, sente-se!
Tendo
em conta que todo o interior preserva a exuberante decoração, objetos,
porcelanas que a família real deixou, gostaria de ter fotografado cada
pormenor, mas foi difícil pela quantidade de pessoas que se encontram a visitar
o interior do palácio.
A cozinha principal do Palácio e os seus pormenores
Ao
romantismo do Palácio da Pena acrescentamos todo o misticismo do parque.
D.
Fernando II não deixou nada ao acaso, dos quatro cantos do mundo, mandou trazer
mais de 500 espécies que mandou plantar em toda a zona envolvente ao Palácio.
Após a morte de D. Fernando, o palácio foi deixado para a sua segunda esposa, Elisa Hendler, Condessa de Edla.
Ao longo do reinado de Carlos I, a Família Real utilizava o Palácio com uma maior frequência, o Palácio da Pena tornou-se a residência de eleição da Rainha D. Amélia, toda a decoração dos aposentos íntimos são atributos do seu bom gosto e encanto pelo belo.
D. Manuel II filho de D. Amélia, era visita frequente do Palácio da Pena, onde tinha os seus aposentos. O Palácio da Pena foi a derradeira morada de D. Manuel e D. Amélia, após a implantação da República a 5 de Outubro de 1910, data que embarcaram definitivamente para o exílio.
Em 1945, D. Amélia numa visita a Portugal, voltou ao Palácio da Pena, despedindo-se desta forma de um dos seus maiores encantos, colocando-me no seu papel, confesso que foi um ato de muita coragem, olhar e reviver lindos momentos envoltos em tanta beleza☹
Em 1945, D. Amélia numa visita a Portugal, voltou ao Palácio da Pena, despedindo-se desta forma de um dos seus maiores encantos, colocando-me no seu papel, confesso que foi um ato de muita coragem, olhar e reviver lindos momentos envoltos em tanta beleza☹
A
volta ao exterior do Palácio foi feita no dia seguinte e partilharei no próximo post.
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